terça-feira, 3 de julho de 2018


Rejane Marques    
        
O extermínio das maravilhas propagadas pelos versos, retratos e canções de amor causou choque e inconformismo quando foi divulgado à sociedade. Não se podia mais negar as traições, nem florear o desejo sexual. Não seriam toleradas as lágrimas em busca de perdão; nem as juras de amor eterno feitas antes e durante o coito. Que fossem todos apenas sentidos, sem mentiras!

Sexo não é amor – determinou-se. Sexo é instinto – justificavam. Quem quisesse sexo, a partir de então, deveria ser sincero e aberto à justa negação. Não, era não; sim era aproveite. E quem não estivesse de acordo com as novas regras, que desembolsassem suas espécies para comprar o direito ao gozo.
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                O avesso do espelho: O Extermínio
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