terça-feira, 31 de julho de 2018


e se daí pingasses no meu olho

o ruído coberto em madrugada

eu só veria nada com mais nada

e te daria a mão como engodo.

e se eu te desse parte do meu corpo

ou te entregasse o meu corpo todo?

e se o amor que em mim já não coubesse

amasse a podridão que vem do lodo?

e se eu soubesse o copo que te cabe

e te deixasse a minha voz calada?

por tudo que eu não sei e ninguém sabe

eu só veria nada com mais nada.

*

romério rômulo

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