e se daí pingasses no meu olho
o ruído coberto em madrugada
eu só veria nada com mais nada
e te daria a mão como engodo.
e se eu te desse parte do meu corpo
ou te entregasse o meu corpo todo?
e se o amor que em mim já não coubesse
amasse a podridão que vem do lodo?
e se eu soubesse o copo que te cabe
e te deixasse a minha voz calada?
por tudo que eu não sei e ninguém sabe
eu só veria nada com mais nada.
*
romério rômulo
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