sexta-feira, 27 de julho de 2018

Pétalas devolutas à solidão agnóstica



Não demora aflora
E cora como quem se demora
A inexistir

Não significo o que explico
Por naufragar no porvir
- Sol -

Suas mãos trabalham luas
Em farelos de estrelas

Conjugo uma clave no lapso
Da breve canção

Almejo eternidade e não
Detenho-me em sais

Egos retorcidos e empedrados
Figuram graça apenas na dor

E de amor se esvaem

Em relatos e narrativas e
Encliclopédias

Falo da flor que brota
Não do livro, nem da capa

Da nata, a do leite
De deleite em deleite pelas manhãs

Em olhos que se pregam
E fluem por universos míticos

E entabulam ciências

E continuam a falar e falar
E falar
E jorrar os mesmos chavões

Sobre o ser.

Independo do mar

Sou autor das pautas
E laudas da oportunidade

Aniquilo olhos sobre o papel
Em nuances de viagens literárias
Por horizontes das mesmas solidões

Tão esperadas.

ACM

Nenhum comentário: