Não demora aflora
E cora como quem se demora
A inexistir
Não significo o que explico
Por naufragar no porvir
- Sol -
Suas mãos trabalham luas
Em farelos de estrelas
Conjugo uma clave no lapso
Da breve canção
Almejo eternidade e não
Detenho-me em sais
Egos retorcidos e empedrados
Figuram graça apenas na dor
E de amor se esvaem
Em relatos e narrativas e
Encliclopédias
Falo da flor que brota
Não do livro, nem da capa
Da nata, a do leite
De deleite em deleite pelas manhãs
Em olhos que se pregam
E fluem por universos míticos
E entabulam ciências
E continuam a falar e falar
E falar
E jorrar os mesmos chavões
Sobre o ser.
Independo do mar
Sou autor das pautas
E laudas da oportunidade
Aniquilo olhos sobre o papel
Em nuances de viagens literárias
Por horizontes das mesmas solidões
Tão esperadas.
ACM
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