sexta-feira, 27 de julho de 2018

Delfos do Sul.




Empedernido prurido, carniça
Tão

Pretérito com telefone que
Não

Toca e ninguém joga
Na poça que se desfaz
Sobre o rosto

Uma luz dilacera o coração

E somas de estilos e estéticas

E luzes e luzes e sons

Noites adentro me enfio
Nas costuras dos sonhos

Pensando em não transcender
Não transbordar o tal copo local

Com local nos classificados

A inteligência se me escapa pelas
Frestas

Entrevem luares de coisas

A mesma onça cutucada
A mesma fera protegendo

Sua ninhada de vácuos

Seus calafrios, seus livros
De Dostoiéviski

E eu, um pronome ingrato
Um pronome

Impessoal.
ACM


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