Pois se tornam aos portos
Tortos ou não tortos,
Mortos pelos rótulos,
Ou curvos pelo devir.
Pois se vão sem lenços
Ou passatempos,
Ou chavões,
Ou clichês.
Pois se amam simulacros
E se perdem em ilusões
Do ser.
Pois se perpetuam vácuos
Aos olhos do nada
Escabelaria a face em lágrimas
A traduzir a luz que invade
E deságua logo ali.
Pois é natural à humanidade
A medianidade, a mediocridade
Das gentes, dos olhos,
Dos ouvidos, das cruzes,
Dos jornais, dos holofotes
A mediocridade de tudo que te seduz
A iludir o parâmetro infinito
Que não estará dentro de ti.
Revolverás as noites em busca de um olhar.
Solidificará teu copo de vício,
Até o colarinho de dor.
Comerás o capim do sol
Com dentes de solidão
Até compreender,
Bom
Bom, até.
ACM
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