Ao abrir as janelas da alma,
faço-me prisioneiro, mais um voluntário
em gemas de papel, feito
um guitarrista no telhado,
traçando escalas e devaneios,
despertando a noite,
desabrochando a esperança!
Apenas uma lágrima,
riscando a face em lamentos;
lamentos oriundos do afago,
da doce viagem na alva cor!
Apenas uma lágrima,
contando sua origem em mistérios;
mistérios ouvidos no peito do darma,
no meigo linguajar da Dalva luz!
Ao abrir as portas da alma
Solto-me em flâmulas
sem regras ou limites
sou capataz dessa cela em papel,
deixando que ondas tragam-me
seus versos, seus avessos,
enfim gravem na areia, o amor,
em suas formas,
em suas matizes,
em palavras do coração!
Auber Fioravante Junior
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