Faze-me renascer sempre. Porque sou um sonho que – no final
– nunca morre. Um sonho que se tem sempre acordado. Um querer que, mesmo
adormecido, se transforma e se consome. E aos poucos – definitivamente –
consome e nunca, absolutamente nunca some.
Renovam-se sempre as esperanças, renovam-se todos os meus
sentidos. Renovam-se todas as minhas cores, as minhas possibilidades e os meus
sorrisos. Renova-se tudo que tenho dentro de mim. Renovam-se, principalmente,
as minhas asas e o meu brilho sem fim.
Dá-me à morte para que tenha mais vida. Dá-me às lágrimas
para que possa salgar meus lábios doces. Tira-me o ar para que eu consiga, de
fato, respirar. Tira-me todo o céu para que eu possa cada vez mais voar.
Tira-me toda a coragem para que de abismos eu possa me lançar. E queima-me na
fogueira mais forte, para que eu possa virar cinzas e para que o vento da sua
tempestade me espalhe.
Espalha-me silenciosamente em cinzas pelo mundo. Abre as
portas da tua casa para que eu possa ir embora e estar livre das sombras. Abre
o meu coração para que eu possa em poucos segundos, em muitas histórias, em
tantos mundos... virar lenda. Para que eu me transforme no conto de amor
desconhecido e inimaginável. Para que eu seja o silêncio mais profundo no campo
das tuas batalhas!
E será assim para sempre; sempre em mim, sempre dentro de
mim e também para o mundo; também para todos aqueles que amo. Porque mesmo
sendo lenda, mesmo sendo poesia morta de amor, mesmo sendo queimado e tendo
virado cinzas e como cinzas esteja espalhado pelo mundo... Eu nunca morro, eu
renasço sempre! Porque acima da dor, acima das lágrimas, acima das tempestades,
acima da terrível fogueira, acima das cinzas... Eu sou a FÊNIX!
Adriano Hungaro
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