quarta-feira, 26 de junho de 2019

Barroca




Minha alma tem uma sombra
num poema de Gregory Corso
ou uma possibilidade da sombra
que não é teu corpo
num verso de Ana C.

Eu diria que há uma luz virulenta
como um vespeiro, iminência da invasão
fissão nuclear e águas rebentas
que arrebanho

para a luz, para as chuvas
a proteção fervorosa dos santos
envolta em velas
prestes a arder.
RTD

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