quarta-feira, 26 de junho de 2019


Tento escapar à aniquilação
(noturna memória).
Encho o horizonte
com o eixo dessangrado
do corpo em exílio.
Com a minha língua de faca,
desfio o lume do verbo.
O paladar não me abre sóis,
mas despenhadeiros.

(Quis ser cotidiana, antes da fraude dos espelhos.)

*
(2014)

Roberta Tostes Daniel

Nenhum comentário: