(Sonia Cancine)
Eu queria uma ode qualquer
que viesse avivar letras adágio
- buquê incubo
mesmo que mal escrito -
Do pescoço nu, uma gota solta
[suficiente] para embebedar-te
e me transbordar.
E surgiu do nada?
Talvez sim talvez não.
Diz-me que vem
me descompassar
a beira do mar.
Num vaivém
desmancha-me
e me leva e traz
gingando-me
como flor ao vento.
Ricocheteando
meu Ser
fingindo ser
o canto que encarna
fluxo e refluxo das marés
de quem festeja o Sol
festeja a Lua
e me olha na rua
ao me tocar e ao deixar-me assim
entre os retrós de linhas torcidas
alinhavadas na luta desatinada.
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