De repente eu fale de mim,
Que sou assim,
E mais além.
De repente eu queira alguém
Por perto,
Quando não tiver ninguém.
De repente eu confie meus
Tesouros aos olhares dos doutos,
Que os querem,
Sem querer.
De repente o futuro cure o passado,
De repente a luz ilumine a treva.
De repente essa gente se vá,
De repente.
Uma instância de silêncio
Se sobressai à minha paz.
E vou
Pelos mares revoltos, encantos
Em olhares secos.
Os meus olhos estão secos,
E meu ser não se nega.
Ontem eu voei por todo o globo
Ontem eu fui eu mesmo.
Hoje também serei.
Ninguém viu minha luz.
Todos me deram conselhos
Sobre a dor.
Eu repetia que queria asas.
Que não poderiam me dar.
Eu voaria para minha casa,
Eu rumaria para um lugar.
Hoje sonho sonhos
Em preto e branco.
Hoje reclamo de tudo
Com o olhar.
Pois aprendi que mar é mar
E ali,
Tudo é navegar.
ACM
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