Desloco as consciências ,
a rua estala com os meus passos,
e ando nos quatro cantos da vida .
Multiplico, desarticulado longe
Como o diabo,
nada me fixa nos caminhos do mundo.
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos,
na tua superprodução de máquina humana .
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
O tempo é a minha matéria,
o tempo presente,
a vida presente,
O mundo se tinge com as tintas
da antemanhã
e o amor não abre caminhos na noite.
E um dia sei que estarei mudo
Eu não tinha esse coração
que nem se mostra
saudades e cinzas foi o que restou.
que não seja imortal e
todos vão sorrir , voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida e
feliz a cantar.
Letícia Tonon
23 de Setembro de 1991
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