Fiz este poemeto em homenagem a Porto Alegre, cidade onde
nasci, ou melhor, onde estreei, e vivo.
Cidade do meu cansaço,
Do meu repouso também,
Lhe amo, lhe quero bem,
Porque no fundo contém
Os liames dos meus amores,
Cidade dos meus queixumes,
Cidade dos meus ciúmes,
Cidade das minhas dores!
É indevida a esmola que tu deres quando o mendigo que a
receber se alegrar mais do que tu.
O bem que se faz não tem memória. O mal que se faz, este
nunca sai da memória.
Fui almoçar ontem no Bandejão, o restaurante mais popular da
RBS. Comi esplêndida abobrinha com queijo gratinado, pastel de galinha, arroz,
feijão, bife de alcatre com molho de carne, sopa, salada, suco de frutas diet e
de sobremesa um delicioso creme de amendoim.
Disseram-me que para nós, funcionários, a refeição custa
apenas em torno de R$ 2,50.
Deli Matsuo, o novo vice-presidente de gestão e pessoas da
RBS, andou também lá pelo Bandejão, antes de mim, o que prova que por onde ele
passa continua crescendo a minha grama.
O senador Paulo Paim (PT-RS) solicitou da tribuna do Senado
Federal um voto de aplauso a este colunista pela comemoração de meus 40 anos de
trabalho na RBS.
E leu por inteiro da tribuna a coluna de sexta-feira
passada, quando transcrevi a letra do samba-enredo que a Imperadores cantará na
avenida no ano que vem, em homenagem ao próprio Paim.-
Não há turno mais propício ao tédio do que a tarde de
domingo. A semana foi pesada e ameaça voltar na segunda-feira.
Essa monotonia cotidiana é amassante e se a gente não
passeia com o cachorro ou não anda de bicicleta, ameaça soçobrar.
O trabalho enobrece o homem, mas cansa pra burro.
Essa notícia da apreensão de 2.600 latas de cerveja no
interior de uma prisão para policiais militares no Rio de Janeiro é
objetivamente um marco na desordem que grassa pelo país.
De um lado, já estranha que haja 300 policiais militares
presos em um estabelecimento, eles tinham sido talhados para prender e cuidar
de presos e acabam se tornando detentos.
Por outra parte, soa como odioso o privilégio de que presos
consumam 2.600 cervejas. Mas, num país em que é proibido o consumo de cerveja
nos estádios de futebol mas se permite à Fifa que haja exceção na Copa do Mundo
de 2014 e voltará então a se beber cerveja nos estádios, tudo é possível.
Ninguém sabe explicar como podem passar pelo portão
principal de uma prisão 2.600 cervejas sem que os responsáveis pelo
estabelecimento carcerário tomem conhecimento dessa carga.
A que serviriam as milhares de latas de cerveja? A um
aniversário de preso ou a um show que apresentaria o Zeca Pagodinho, cantando
com uma lata de cerveja na mão?
É o fim da picada!
PAULO SANT’ANA - 26 Oct 2011
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