Lembranças do Passeio Público
Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar o jornal A
Gazeta do Povo e o grupo de artistas por incentivarem um movimento pela
revitalização do Passeio Público.
Tenho várias lembranças inesquecíveis de lá, afinal foi
naquele local que eu vi, pela primeira vez, animais selvagens. Também foi,
neste mesmo Passeio Público, que tive contato com personagens lendários da
cidade. Em 1979, aos cinco anos de idade, ignorei a placa onde estava escrito:
“não alimente os animais” e cheguei perto da jaula dos macacos para dar pipoca
aos bichinhos. Então, um dos filhotes puxou uma das minhas “maria-chiquinhas”.
De repente, a mãe dele chegou e tirou o macacaquinho de perto de mim. Um ano
depois, aos seis anos de idade, voltei ao Passeio Público e soube do boato que
um macaco tinha fugido. Assim passei de baixo de uma árvore e um bicho pulou em
cima de mim. Deste jeito comecei a gritar. Naquele instante um guarda retirou o
macaco do meu ombro e percebi que, talvez,
aquele tinha sido o bicho que tinha escapado e desconfio até hoje que foi o
mesmo macaquinho que puxou o meu cabelo anteriormente. Por isto, este causo foi
uma aventura inesquecível. Sem falar, que foi no Passeio Público, aos seis anos
de idade, que assisti a uma apresentação dos palhaços chamados Irmãos Queirolo,
que faziam shows em cima do palco em forma de vitória-régia. Naquele dia, eles
me chamaram para participar de uma brincadeira e meu coração ficou emocionado.
Uma outra vez, ainda quando eu tinha seis anos de idade, uma banda começou a
tocar naquele palco. De repente, notei que ao meu lado tinha um homem barbudo
que estava dançando vestido de mulher. Desta maneira, apontei para minha tia e
exclamei:
- Nossa, tem um homem vestido de mulher dançando
bem!
Ela falou:
- Esta pessoa é a famosa Gilda, uma figura lendária
da cidade.
De repente, esta criatura olhou para mim e
perguntou:
- Quer dançar comigo?
Desta maneira, bailei com uma verdadeira lenda
urbana de Curitiba.
Cheguei à conclusão que o Passeio Público teve
grande importância, na minha formação como cidadã, na infância. Pois, foi neste
lugar que aprendi várias coisas como: admirar a arte, respeitar os animais e as
diferenças humanas.
Luciana do Rocio Mallon
Curitiba – PR
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