domingo, 2 de março de 2014

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no bairro fantasma a solidão anda em bandos (nos outros bairros pode que também)

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assistindo dois monólogos dentro de um quebra-pau

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pequena catástrofe humana

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o coração dele deve estar tuc tuc tuc. fazendo silêncio ela tem o seu próprio livro de auto-ajuda. até uns vinte minutos atrás ele era um outro eu, ela era uma outra você. e planejavam ir pra Morretes. desculpem ficar escutando... isso, desculpem bisbilhotar, era o que eu queria dizer, mas eles falavam alto, até mesmo antes da briga eles falavam alto. penso que minhas postagens aqui no Face são bonitinhas mas esquecíveis. devia trabalhar no meu romance, que é o que eu vim fazer aqui, mas este casalzinho... me fudeu. nem um beijo, nem na bochecha. ela me lembrou eu. ele me lembrou alguém com quem eu saia no ano passado. achei estranha essa inversão. vou falar sobre isso na análise. o negócio do bairro fantasma foi antes deles chegarem, tinha a ver com o café estar super vazio naquela hora. depois começou a entrar mais gente, aí ninguém olhava pra mim... pensei, sou um fantasma agora, é isso, ninguém me vê mais? daí escrevi aquilo. ah eu não devia explicar, vocês são inteligentes. só adiciono pessoas inteligentes. eles dois é que são burros. sabem o que vai acontecer? eles vão passar o Carnaval longe um do outro e aí talvez entendem que a porra da saudade é a porra de um caroço de fruta totalmente indeglutível... e este tal de Ela que tá em cartaz no cinema deve de ser um filme de merda, tem mais essa

leprevost 

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