quando os cavalos dormem à cabeça
da chuva
e súbito acordam na noite
mais breve do silêncio
a vidraça veste-se
de gala
de sílabas breves ou pássaros
que pousam nos dedos
em fogo da criação
e o poeta recolhe simplesmente
a sombra dos gestos
desses dedos fugazes
que no próprio fogo se consomem
Xavier Zarco
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