sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Chuva



O relâmpago rasgou o ar
A lua se escondeu
Chuva leve me veio jurar
Que o amor dela sou eu
As árvores se vergaram
O trovão se fez ouvir
A vénia, beleza do mar
Da menina do meu sorrir
A chuva aumentou
Caía como flechas no chão
Menina corria e na pedra tropeçou
Caindo ferida no meu coração
A humidade… A mesma de um beijo
Sozinha sentada no chão molhado
A sua sensualidade meu desejo
Sua beleza… Meu ser obcecado
Cheguei perto, comecei por dizer
Levanta-te, vem comigo
O tempo vai escurecer
Vem ao colo meu, serei teu abrigo
A água que dela escorria
Aromatizava meu coração
Que belo perfume ela trazia
Que gota a gota caía
Na palma da minha mão
Depois de seca, menina desnudada
Parecia o sol em raios de cor
Desejos da minha amada
Na chuva parada
No sol do nosso amor

José Alberto Sá


Nenhum comentário: