Deixei uma ferida no seu peito,
No meio do seu sagrado leito,
Eu acendi um cigarro...
E num simples esbarro...
As cinzas caíram na sua pele morena...
Bem no palpitar do seu gelado peito,
De uma forma cruel e, ao mesmo tempo, serena...
Mas, quando notei, o mal já não tinha jeito!
Deixei uma marca eterna,
No seu peito puro e inocente,
De uma cinza fraterna...
Que caiu em brasa quente!
Não foi marca de bala perdida,
Nem da faca mais prateada,
Foi a marca de uma triste ferida...
Que deixou cicatriz no meio do nada!
Deixei uma marca no seu peito...
Com sabor de aventura,
No meio do seu leito...
Nas cinzas da loucura.
Luciana do Rocio Mallon
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