Amizade...
Quanto tempo...
Vida passa tão depressa
Que se a pressa fosse fera
Nada mais me restaria...
A não ser uma certeza
De ser menos
Que queria...
Fomos criados juntos,
Absurdamente, sem juízo.
Fruta, quintal, arame farpado.
Corte e cicatriz
Valiam a podre fruta
Que escorria pelos lábios...
Rio, corredeiras, lambaris, bagres, piaus
A vida se mostra um anzol.
O sol queimando lento,
Banho de cachoeira,
Xistose e lombriga.
Até icterícia, chá de picão, chá da saudade...
Primeiro amor,
Primeiro não,
Primeiro porre,
No corre corre,
Ressaca à vista.
Cidade grande,
Capital...
Estudos que me levaram
E deixaram-te por aqui.
Mãos calejadas, terra arada, suada e lagrimada,
As mãos lisas, sem calo, estudos... Logaritmos,
gráficos e função exponencial.
Pôneis, cavalos, rumos diversos...
Cachaça, aguardente, morena...
Sífilis e gonorréia...
A platéia se espanta
Na confusão do paletó largado no chão
Jogado no bar,
A roupa rasgada, cheiro de suor.
A sinuca, a vida é uma sinuca!
E de bico!
Cala o Bico Mariquinha que a saudade é toda
Minha e a vontade é de viver..
No mais eu só posso te agradecer, Muito obrigado e
um grande abraço, qualquer coisa pode contar comigo também.
Marcos Loures
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