domingo, 3 de fevereiro de 2013

Lenda do Artista Macabro de Curitiba




 
Na região de rural da cidade de Colombo, região Metropolitana de Curitiba, existe uma casa abandonada que ninguém consegue destruir e nem invadir. As pessoas dizem que dentro desta residência há um quadro de uma moça, que parece estar viva, mas que não tem a mão direita. Esta obra de arte tem muitas lendas urbanas, leremos algumas abaixo:
Há muitos anos atrás existia em Curitiba, uma senhora chamada Tânia, que não conseguia engravidar e por isto fez um pacto com as forças do mal. Nove meses após esta magia ela deu à luz a um menino, que ela batizou de: Augusto. Durante a infância, este garoto era muito tímido, tinha facilidade para as artes plásticas e passava muitas horas em seu quarto desenhando. Mas quando ele chegou à adolescência seu comportamento ficou mais estranho ainda, pois Augusto passou a freqüentar um grupo de góticos que visita cemitérios e fazia rituais. Logo, o adolescente passou a roubar objetos e pedaços de cadáveres para fazer obras de Arte usando estas coisas. Sua atividade intensificou-se mais quando o jovem descobriu que, no mercado negro, havia pessoas que pagavam caro para ter uma obra de arte macabra. Porém, durante este período, veio morar ao lado da casa de Augusto uma família com uma filha muito bonita chamada: Ruth. Com o passar do tempo, o artista se apaixonou pela nova vizinha e os dois passaram a namorar às escondidas, pois a má fama do rapaz já tinha chegado aos ouvidos da mãe da garota. Algum tempo depois, Ruth apareceu grávida e Augusto recebeu ameaças de morte do pai da menina. Tânia, a mãe do moço, tratou de mandar o filho estudar na Europa, ficou responsável pela ajuda financeira à criança e passou a proibir qualquer contato do filho com a ex-namorada. Logo, nasceu Martinha, sua neta.
Então, Ruth entrou às escondidas na casa de Tânia, pegou a agenda e descobriu o número do telefone de Augusto. Na primeira ligação, a moça disse ao jovem:
- Venha ver a sua filha, pois ela precisa da sua mão.
Assim, Augusto respondeu:
- Engana-se, pois quem precisa de mão dela sou eu.
A partir daquele dia, toda a vez que Ruth ligava pedindo para que o ex-namorado visse a criança. Augusto sempre respondia:
- Na verdade, sou eu que precisa de uma mão da minha filha.
O tempo passou e a pequena virou uma linda jovem, que nunca tinha conhecido o pai. Pois, Tânia convenceu o filho a morar na Europa e nunca mais voltar para o Brasil. O problema foi que, aos dezesseis anos de idade, Martinha conheceu Tavares, um colega de escola problemático e passaram a namorar. Depois de um mês de namoro a jovem passou a morar junto com o colega, que volta e meia tinha ataques de ciúmes e batia na pobre. Um certo dia, Tavares desconfiou que a companheira estava tendo um caso com um cliente da loja em que trabalhava. Então, ele dopou a esposa, esquartejou a pobre, deixou o corpo no meio do mato e fugiu.
Algumas horas depois, com o desaparecimento da moça, todos desconfiaram que Tavares tinha assassinado a esposa. Tânia, desesperada, telefonou para o filho e pediu para que o homem voltasse ao Brasil. Ao chegar a sua terra natal, Augusto pediu para Ruth alguns objetos da sua filha para guardar de lembrança, já que não tinha conhecido a pobre e sentia-se culpado pela sua ausência.
Alguns dias depois, o corpo esquartejado de Martinha foi achado por um lavrador, que comunicou à polícia. Assim, as autoridades conseguiram montar o corpo da moça, porém não acharam a mão direita e avisaram o ocorrido para Tânia.
Algum tempo depois, esta mulher foi até o porão de sua casa e viu uma obra de arte estranha: um quadro com uma mão humana, bijuterias e bonecas. Deste jeito, ela desconfiou de Augusto e pediu uma explicação. O homem disse que estava montando um quadro com lembranças da filha para que esta obra de Arte fosse enterrada junto com ele, já que nunca pode conhecer Martinha. Assim, Augusto acabou sendo preso. Na cadeia ele sonhou que sua filha foi visitá-lo e disse-lhe:
- Papai você não precisava roubar a minha mão.
- Se quiser fazer alguma obra de arte como lembrança minha, basta me pintar em um quadro, que darei um jeito dele ser colocado na casa da vovó em Colombo.
Então, a partir daquele pesadelo, Augusto começou a pintar um quadro da filha. Na última pincelada, ele deu um último suspiro e morreu.
Este retrato da garota foi colocado, há alguns anos atrás, numa casa que Tânia tinha na cidade de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Esta senhora já faleceu, mas o quadro continua lá. Reza a lenda que, nas noites de Lua Cheia, Martinha sai do quadro, caminha pela região e não deixa ninguém depredar a casa.
Mas, o principal problema é que o mercado negro de obras de Arte feitas com restos de cadáveres continua a funcionar e, este último fato, não é apenas uma mera Lenda Urbana. 

Luciana do Rocio Mallon
 

Nenhum comentário: