quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013



 ‎"Qual divindade entediada de sua onipotência, o poeta descobre encanto em sua impotência em anoitecer a noite. A noite diz não e o desafia a encontrar uma poesia possível, escrita em uma espécie de face oculta da alteridade.
Dotado pelos deuses do poder mágico de sempre dizer de modo obliquo toda a verdade, o poeta depara agora com o efetivamente verdadeiro. Não mais poderá dizer que o universo é idéia sua, não mais poderá trair a noite: num fechar de olhos suprimir-lhe a existência. Algo exterior desafiadoramente permanece.
Algo objeta. Algo é Objeto."



Andréia Carvalho Gavita



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