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ruas estranhas
silenciosas demais quietas
demais vazias demais
nem é tão tarde
mas o mundo já
está tão podre
as ruas balançam
aqueles prédios q fedem
a classe média parecem
se tocarem e não quebram
não consigo enxergar direito
tombo por estas ruas
perfeitamente pavimentadas
?por q onde moro não são?
de qualquer forma — !vem cá!
estás mais alterada do q eu
teu sorriso está tão largo
não consigo não sorrir contigo
mesmo sabendo q o mundo quer
nos escravizar — teu sorriso é lindo
tão lindo q sempre q o vejo
desejo beijá-lo incansavelmente
!cuidado! minha deusa
senão acabarás tropeçando
por aqui nestes condomínios à
beira mar podemos ser presos
só por olhar aos moradores
?mas por q os olharia?
teus olhos vermelhos e
inquietos me acorrentam
!vem cá! tu me seguras
!vem cá! eu te seguro
um bêbado segurando o outro
!vem cá! o mundo — mesmo
sendo este mundo doente assassino
esquizofrênico decadente —
este mesmo mundo é nosso quintal
no qual podemos traquinar
juntos igual menino reinan
pelo resto de nossas vidas
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pelas ruas
geovane otavio ursulino
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