quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


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ruas estranhas
silenciosas demais quietas
demais vazias demais

nem é tão tarde
mas o mundo já
está tão podre

as ruas balançam
aqueles prédios q fedem
a classe média parecem
se tocarem e não quebram

não consigo enxergar direito
tombo por estas ruas
perfeitamente pavimentadas
?por q onde moro não são?

de qualquer forma — !vem cá!
estás mais alterada do q eu
teu sorriso está tão largo

não consigo não sorrir contigo
mesmo sabendo q o mundo quer
nos escravizar — teu sorriso é lindo

tão lindo q sempre q o vejo
desejo beijá-lo incansavelmente

!cuidado! minha deusa
senão acabarás tropeçando
por aqui nestes condomínios à
beira mar podemos ser presos
só por olhar aos moradores

?mas por q os olharia?
teus olhos vermelhos e
inquietos me acorrentam

!vem cá! tu me seguras
!vem cá! eu te seguro
um bêbado segurando o outro

!vem cá! o mundo — mesmo
sendo este mundo doente assassino
esquizofrênico decadente —
este mesmo mundo é nosso quintal
no qual podemos traquinar
juntos igual menino reinan
pelo resto de nossas vidas


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pelas ruas


geovane otavio ursulino

http://poemasdecapote.blogspot.com.br/2013/02/pelas-ruas.html

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