quinta-feira, 24 de abril de 2014



Meu exílio não está aqui no meu país
Ele está no quintal da Vila Itambé
No quarto escuro sem nenhum eco
No barco afundado na banheira
Na insuportável cama da solidão
Nos escombros sem vislumbre
Que eu próprio inventei para fixar
aquilo que fui e já não sou:
sombra degolada, apito de trem

que já me levou desta estação

Rubens Jardim

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