segunda-feira, 28 de abril de 2014

tear...


As linhas que tecem sua face,
fazem-na multicor…
meu corpo acalora-se e esvai-se
todo e qualquer sentido de dor.

O tear faz-se magia…
mãos ágeis, tecem novidades.
Como a luz se faz espargir no dia,
não fujo das minhas soltas verdades.

Talvez a tez que brilha e cintila,
possa ser a luz, que demarca meu percurso.
Absorto e absterso, meu corpo já não oscila.
Compreendo-me, dentre os segredos do impulso.

As linhas dão forma risonha ao seu jeito de ser.
Liberto-me… qual folha outonal.
Já desdenho a possibilidade de vir a sofrer.
Já aprendi que chorar ou sorrir, faz-se ato natural.

josemir (ao longo…)

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