Sofria de falta de
importância.
Um dia, acometida
de crise aguda, tomou um cafezinho num boteco e sumiu.
Anos depois, um
poeta pós-moderno a encontrou e a levou para tomar ar e sol.
Curada da
desimportância, ela agora sorria e aplaudia ao ouvir rimbaud
e baudelaire.
E o poeta jamais
lhe disse que a encontrara morta, toda encolhida, misturada
com restos de
açúcar demerara, dentro de um mísero sachê antigo de bar.
Lilly Falcão
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