NALDOVELHO
Língua profana
que invade domínios,
em busca de encantos,
ardidos segredos,
sementes molhadas,
iguarias sagradas,
revelações.
Língua vadia
que perambula abusada
por trilhas, atalhos,
e por todos os lados
semeia desejos,
colhe essências
de ervas curtidas,
alucinação!
Língua atrevida
em busca do orvalho
que brota suado
do corpo tomado
pela excitação.
Língua peçonha
deixou em meus poros
o veneno curado,
e trouxe a demência
de ser teu escravo,
teu pasto e repasto,
tirou-me as pernas,
já não posso fugir.
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