sábado, 7 de novembro de 2015

Nas reentrâncias do Maranhão o carro de boi se avia para não carambolar na encantaria
a caranguejada, a moqueca e o arroz de cuxá  vai ter que esperar
ao sabor do tambor de crioula dança a moleca
Maranhão da minha desmemória azulejada de lusitana história
aguarda nas ruínas o retorno de Don sebastião
arrasta as correntes da herança da escravidão
nuvens de algodão sombras do Babaçu
suçuarana à espreita num sonho amazônida do paraíso  nordestino
no oceano de dunas dança a razão brincando de mar
lagoando lembranças liquidas areias da memória
Um novo Maranhão esperando na aurora a Glória!
Sem donos se apropriando das almas
Livres para escreverem suas próprias estórias.


Wilson Roberto Nogueira


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