quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Poema de um Absorvente Higiênico – Parte II


Eu sou um objeto que não mente
Pois sou um higiênico absorvente
Feito de celulose e papel siliconado
Pela cor vermelha, sou apaixonado

Sou uma nuvem leve e branca
Onde pétalas de carmim
Pousam de maneira franca
Numa paixão sem fim

Sou uma pomba suave e alva
No céu do sangrento inferno
Que com a magia da palma
Deixa este momento terno

Eu sou um objeto que não mente
Pois sou um higiênico absorvente
Feito de celulose e papel siliconado
Porém estou depressivo e chateado
Porque estou sendo trocado

Pelo coletor menstrual
Que veio de outro astral
Para garantir a ecologia
Pois ele tem harmonia
O coletor com forma de funil
É sucesso em todo o Brasil
Mas se for para o bem-estar
Eu precisarei aceitar!

Um dia eu já fui feito de pano
Sem nenhum tipo de engano
Hoje, sou um higiênico absorvente
Talvez eu desapareça, minha gente.
Luciana do Rocio Mallon


                

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