quarta-feira, 4 de novembro de 2015



três da manhã, silêncio sepulcral, então, súbito, uma voz quebra o silêncio: "ai amoR, ai amoR, assim, amoR...", e por aí vai. durante dias permaneceu a incógnita sobre quem protagonizara tal ato - ficamos todos à espreita, esperando madrugadas e madrugadas, o momento exato do "ai amoR...". a vida se tornou mais animada, as conjecturas também, até que, tão súbito quanto começou, acabou; há, talvez a coincidência da mudança de um certo casal, na semana passada. enfim, o mundo voltou a girar e, nós, na nossa mediocridade periférica, voltamos a falar uns dos outros, e o maldito sabiá voltou a ter voz por estas plagas.

William Teca

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