(Para eriçar Berenice)
a vida é tão curta quanto a sua saia. . .
não se iluda, ela é miúda, Berenice
vá pecar um pouco . . . cair na gandaia. . .
e esqueça a sandice que a ‘santa’ lhe disse
não perca seu tempo, não se desperdice
contando seus sonhos à uma samambaia. . .
não deixe que o lume do seu ser se esvaia
ouse ser feliz . . . deixe de tolice!
saia da tocaia , vá pôr um biquíni
pegar uma praia, tomar um Martini
fazer uns amigos . . . namorar, menina!
que a vida é mais curta do que se imagina. . .
abandone essa clausura
‘caia fora’ da rotina
desse tédio que tortura
e cheira a naftalina. . .
vá se apaixonar menina!
deixar que o Sol ilumine
sua cena, sua sina
antes que a tarde termine. . .
não há ‘hora certa’ nem ‘dia de sorte’
pra gozar a vida . . .
pra realizar-se. . .
também acredito em vida após a morte. . .
mas, não é só pra morrer
que a gente nasce.
PAULO MIRANDA BARRETO
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