Forçando o olhar para encontrar outros símbolos nas letras
tortas da folha de sentimentos em branco. A página de papel revela-se espelho
do atropelo da alma bêbada que quer cair para ver se ainda é capaz de sentir
dor. Quebrou-se e nada sentiu; queimaram-lhe o cabelo e teve que cortá-lo
daquele jeito hitlerístico que nada tem de seu. Por isso força os olhos da alma
no papel que lhe rejeita.
Procurando ao redor das cadeiras algum papel.Se os restos que encontro é o que procuro
nos silêncios das folhas rasgadas, documentos de vozes tortas nas bocas sujas de almas sebosas;leio nos
símbolos várias expressões, as quais só explodem de vigor envenenadas sem direção ou valor
organizadas.
Desatino no desalento crispadas nos olhos espadas rasgam a
noite: o bando em loucas risadas chutando o vento ignorando espaço e tempo
queimando a consciência.
O princípio da responsabilidade surdo e cego.Velho vaga no
lamento enquanto o prazer reina escondendo no útero acéfalo o feto do futuro.
Amanhã a rebeldia esta poli-morta ,encontrará revolta o retorno à
razão,à direção e ao sentido;e aí estaremos de fato perdidos.
Um tiro na surdes do sócio fascista umbiguismo burgues .
Wilson
Roberto Nogueira
2009
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