domingo, 5 de março de 2017

A água da chuva escorre
 nos vidros 
ao sol branco da página,
cascas retorcidas 
Bichados os versos 
de maio.

Inconsistente e frágil
 com a água 
Fluo pelos cômodos
 da casa 
O sexo entre as pernas,
 transtornado


Encho, sozinho, um 
copo de vinho
 E aguardo, os olhos 
fechados: 
Uma borboleta espetada noutra
 Espalma os olhos 
das asas

Carlos Dala Stella

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