Costuro enredos
alinhavados pelas distâncias,
que ditam a saudade
e passam a mão
- tatuada de segredos -
nas areias tingidas de corais
e de medusas,
que se esfregam no regaço
das marés meigas
na esperança de serenar,
as tardes caiadas
de palavras rasuradas,
assimetrias perversas
que ignoram a angústia
de uma gaivota
sem mar para vagar...
Manchada de silêncios
ilude-se a pele
grávida de memórias
e breve de instantes...
na espuma que se desfaz,
sou um corpo vencido
até um desejo imperceptível,
amaciar o pó das areias
que chove nos desertos,
tricotados de ausências.
Ana Andrade
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