A esperança é quase a coisa, quase sabor, quase contorno, em sendo nada. Esperança é a árvore de Natal do pensamento, a flor que se cheira no bordel das cinco estrelas decadentes, endereço de carta que volta...A esperança é um oásis de miragens justinhas no deserto fervendo do desejo; cada um e todos os chuveiros que se penduram nas câmaras de gás da felicidade. A esperança é uma sacanagem quando se dá, um valor quando se tem. A esperança é fantástica. Dois pontos gordos do LSD hidrófobo da vontade. A esperança é corna, é mantida , última a saber que nunca alcança.
Fernando Bonassi. in Da Rua. Mais !FSP. 29/04/00
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