Arte, enfarto
Tanto fato
Destarte parte
De mim
Uno ao isopor
Que como, com
Colheres de dedos
Neoliberais desejos
Paradoxais individuais
De ser feliz
Não sou surreal
Não sou
Sou mal, sou verbal
Tal como o mel
Tal como teu
Suaves espinhos
Crivam destinos, pergaminhos
Civilizações inférteis
Ao som da areia mais fina
Teus óculos caem ao chão
Do papel
Minhas teclas dançam ciranda
Saltando ondas
Tortas, não tortas
Aortas nas portas em quais
Andas
A bater.
Sonho com a árvore
Calejo a alma
Envergo o universo
Para te colher, - fruto
Tão livre
Mãos minhas, meus
Segundos de zelo
Forma estética senão
Apelo
Apenas
A pé
Ao passo do aço crasso
Em lágrimas
Do teu adeus
Anderson Carlos Daniel
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