Em Curitiba, bem no centro da cidade, existe uma praça
chamada Santos Andrade, onde existem elementos interessantes, como: árvores
centenárias, prédio histórico da Universidade Federal do Paraná e muitas Lendas
Urbanas, que leremos abaixo:
Aulas de Anatomia com Cadáveres:
Reza a lenda, que no século passado, as aulas do curso de
Medicina eram no prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, localizado
na Praça Santos Andrade e que as aulas de Anatomia, eram realizadas no porão
desta faculdade, com cadáveres reais de indigentes.
Dizem que naquela época existia uma estudante de Medicina
chamada Laura, que tinha a fama de santa, pois era religiosa, dava aulas de
catequese, vestia-se com discrição e curava as pessoas com as palmas das mãos.
Houve boatos, que nas aulas de Anatomia, até os defuntos mudavam de cor quando
esta jovem tocava neles.
Uma certa noite, Laura estava caminhando no centro de
Curitiba, na parte mais escura da Praça Santos Andrade, quando viu um morador
de rua sendo esfaqueado. A moça correu para o meio da confusão e o responsável
pelo crime fugiu apressadamente. Então, a jovem notou que o mendigo estava
quase morrendo, com dificuldade e respirar, porém mesmo assim ela tentou salvar
a vítima. No meio do socorro, o esfarrapado disse a Laura:
- Moça, o diabo está me chamando!
- Por favor, não deixe a minha alma ir para o inferno.
A donzela respondeu:
- Só há uma maneira para isto: o seu espírito auxiliar a
sociedade, depois de seu falecimento.
O indigente ficou desesperado:
- Como poderei ajudar?!
- Já tive uma idéia:
- A senhorita deve ser estudante de Medicina...
- Então, se a minha alma doar o meu corpo para as aulas de
Anatomia, será que eu fico livre do inferno?
A dama respondeu:
- Há uma grande possibilidade. Mas, existe uma condição: o
seu espírito nunca deverá sair da Praça Santos Andrade e a outra missão dele
será aconselhar os moradores de rua contra a violência.
Após, escutar estas palavras, o esfarrapado, morreu. Algum
tempo depois seu corpo foi aproveitado nas aulas de Anatomia. Reza a lenda que
o fantasma dele vaga pela Praça Santos Andrade para conversar com outros
moradores de rua.
O Casal Que Morreu na Praça:
Nos anos oitenta a empregada doméstica Izabel, que
trabalhava num prédio perto da Praça Santos Andrade, era apaixonada pelo
porteiro de um prédio vizinho chamado Pedro. Porém, o pai da donzela proibiu o
namoro. Mas, mesmo assim, o casal sempre combinava de namorar, às escondidas,
num banco da Praça Santos Andrade, que ficava debaixo de uma árvore centenária.
Um certo dia, os dois estavam namorando no banco, quando de
repente, o tempo fechou. Porém, o casal apaixonado não notou a mudança no clima
e continuo se beijando. Mas, de repente, um raio caiu na árvore centenária
partindo um galho ao meio, que caiu bem na cabeça de Pedro e o pobre faleceu na
hora. Alguns dias depois, Izabel suicidou-se. Reza a lenda que nos dias de
chuva é possível ver o casal namorando na praça e quando alguém se aproxima dos
dois apaixonados, os espíritos deles somem.
Luciana do Rocio Mallon
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