Marilia Kubota
para que o céu se move
sem que ninguém perceba
nossos olhos astrônomos
pálpebras coladas
em paisagens de papel e vidro.
para que cuidar de jardins
jamais vistos como os onde
as flores vibram e morrem ?
para que a vida existe e passa :
e só aqui vive
depois tudo passa
e cessa?
(selva de sentidos, 2008)
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