Certo dia,
a mão do destino,
talvez por descuido,
abandonou-o
nas mãos de uma mulher
abandonada pela sorte.
Em frente a um castelo abandonado,
ela abandonou seu filho
e depois a vida.
Passou de mãos em mãos
e deram-lhe o nome de Jorge,
nome de santo, abandonado.
Estudou em colégio interno,
de meninos abandonados.
Cresceu, sorriu, brincou,
porém seus melhores amigos
abandonaram-no.
Amou, amou, amou feito bobo
e foi abandonado pela mulher.
Hoje, no entanto,
quando a mão do destino
veio para buscá-lo,
não estava sozinho.
Havia três corpos
num terreno baldio,
abandonado,
abandonados.
Luiz Medina
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