fragmentos de noites a emergir do silêncio,
ascensão e queda de um ídolo.
o que é a vida senão ascensão e queda?
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a palavra escrita no muro,
a geografia triste de uma história.
a dor ferina a doer com força,
com a força maior que a de mil tigres.
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os iconoclastas venceram a masmorra.
Sodoma e Gomorra a parir o feto morto,
o afeto a despir a minha própria ausência.
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criança me vi onde ninguém mais me via,
por via de fato cresci onde você me esquecia.
transtornado pela tristeza
o arfar do peito com a última gota de sangue.
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fere o peito marcado com a cicatriz
sombria da crepuscular solidão
a angústia desesperada da minha última dor.
a liberdade tem a cor do amor!
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o grasnar atroz de um corvo solitário
com o peito devastado de distâncias
encerra na atmosfera soturna do poeta perdido
a dor lancinante do último poema desfeito.
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Abril- 2017- Evanilson S. de Almeida
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