Não me salvarei de mim mesma.
Não me adentrarei.
Tomarei formas de vento, de luz, de estrada,
de lesma.
Minha carcaça será a névoa
espatifada no vale.
-Esta é a metamorfose que me aniquila-
Que me faz outra a cada sina.
O que concebo para amanhã
está suspenso como teias de aranha
no teto.
A cada instante,
ela, a alucinação.
E eu sem saber que droga poderosa
é essa, que gira a máquina e descostura-me da casa que
carrego.
Lázara Papandrea
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