sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A moça da vitrine



A moça que monta a vitrine
Não é como a cesta de vime
Que aguarda alguém a compre
Ninguém à moça corrompe

A moça que ajeita a vitrine
Têm pouco mais de vinte
Gosta de ir e de voltar
Na mansão do mundo estar

A mãe disse “vá com Deus”
O pai nunca se arrependeu
Da boa filha trabalhadora
Menina dos olhos da patroa

O amor lavou-lhe a alma
Mantém a fronte sempre alta
Pois do primeiro não esquece

Enquanto o trabalho enobrece


Ari Marinho Bueno     

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