A ignorância, o pecado e a tolice me irritam.
Respiro fundo e eles dentro ardem e crepitam.
Aos pulmões trago um ar impalpável da tarde,
Como os remorsos que nos espíritos habitam.
Nunca confessamos a ilusão que amordaça.
Às tramas da mentira retomamos a estrada.
Sorte dos mendigos que exibem sordidez,
Sonhamos alegre que a nódoa se desfaça.
E assim seguimos alquebrados e ofegantes,
Já dos olhos e força do Amor tão distante,
Como os símios com suas caretas ao destino.
Caras e guinchos atrozes do armagedon,
Você Leitor é tão hipócrita quanto irmão,
Não lança nem um grito presse desatino.
Eduardo Ribeiro
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