quinta-feira, 21 de setembro de 2017

DE MIM O SOPRO



Olhando p’ra mim respiro o que escrevo
Palavras saídas sentidas de dentro
Anseios alados vividos esfumados
Penumbras trazidas lonjuras guardadas

Revejo remiro ilusão tormento
Dor incontida angustia momento
Ajusto de coisas figuras passadas
Princípio sem fim saudades amargas

Atento deslumbro contento contacto
Vidas sofridas tão de abstracto
Resumo consumo nas dobras do tempo
Revejo reverso no verso de mim
Tristeza ternura confusão sem fim

Sou ponto de vida exclamação d’alguém
Certeza concisa colhida de quem
Trazida embalada de questões e razões
Olhar maduro que pinga ilusões


sérgio matos

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