sábado, 16 de setembro de 2017

LER-NOS DE MODO SOLTO...



Pelas alamedas, pelas vielas
eis que meus quereres
e os quereres dela,
complementam-se...

Tudo o que se faz belo é de beleza humilde.
Tudo o que faz alarido,
por certo perecerá por algum beco perdido.
Nada do que se arbitra e ostenta falsidade
ou a mancha inócua da dubiedade,
chega sequer a nascer.
Somente toma espaço,
como fosse um pesadêlo ,que se plasmou
por mero descuido.

Eu acredito que o todo é compreensivo.
Ele acredita.
Mas ao mesmo tempo faço-me apreensivo,
quando em meio ao que nos habita,
habilita-se o reverberar de coisas passadas...
ou a remembrança de uma esperança,
que não viveu,
porque covardemente antes de nascer, feneceu.
Por isso nesse divagar coerente
faço-me até poeta de verve consistente
e peço a Deus, que me proteja.
Pode ser que o que se deseja,
não seja o sonho, que se almeja.
E sim o fator prudente de saber-se aprender
a ler de modo solto,
as vontades nuas de um e de outro...


josemir (ao longo....)

Nenhum comentário: