Ando colhendo palavras de dissipar tempestades,
luzes que afugentem sombras,
água de irrigar plantios,
sementes da uva e do trigo,
emoções que se prestem ao poema,
pensamentos que nos levem a compreensão.
Ando colhendo madrugadas desertas,
lua inquieta pelas ruas da cidade,
cheiro de terra molhada, nostalgia, solidão,
cantigas de amor desprezadas pelos trovadores,
sentimentos abandonados pela pressa
de se viver caminhos distantes demais.
Ando colhendo os momentos que nos restam,
para serem utilizados num tempo,
onde a moeda verdade seja o respeito entre irmãos
e a fraternidade encurte distâncias, derrube fronteiras,
transforme o inimigo num novo amigo
e traga delicadeza aos nossos corações.
Dá cá um abraço Abraão!
Fique a vontade Mohamed!
A casa é sua e a mesa é farta de vinho e de pão.
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