No olho da tempestade
pássaro esperto não pia,
o dia vira noite
e a noite veste trevas,
morcego se esconde do açoite
no fundo de uma tapera
onde nem vento acaricia.
No olho da tempestade
felinos andam de lado
o ar fica pesado
nem se consegue respirar.
E a mocinha dengosa se assusta
enrolada na rede estremece
e repete a velha prece
que a mãe lhe ensinou um dia.
Ai minha Santa Bárbara
Protegei-me da tempestade!
Eparrei! Minha mãe, Oyá,
Dona dos ventos, mensageira de Oxalá.
NALDOVELHO
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