terça-feira, 26 de setembro de 2017

Ética sazonal


Sem
Demais voos

Ou jogos de poder

As luas orbitam
Sim

Pois os olhos
Habitam, sóis quais
Fossem

Ao roubar o fogo e
O brilho
Às estrelas
Julgam-se eternos

Consumidores que são
De sonhos

Pintam
O céu de rosa de
Ciclos históricos cabais
Em globais carnavais
Sucursalmente

E se vão
Replicando suásticas do sul
Logrando ser azul
Aquilo que o Édipo
Não vê.

Aqui jaz
Racionalidade
Pela cidade, pelos trilhos

E estribilhos
Que as cópias e filhos
Não sabem amar
E escrever.

O pulso ainda cursa
E suja a água
Desarrolha-se

Sim

Para beber.

ACM


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