Procura nos teus braços descansar,
O velho navegante sem destino.
Depois de ter vencido o vasto mar,
Voltando novamente a ser menino,
Encontra a maravilha a se mostrar,
Num porto delicado e feminino.
Recebo então notícias do que espero,
A nossa primavera interminável.
Do quanto que já tive e mais eu quero
Nos braços desse amor imaginável.
Sentindo o teu calor, doce tempero
Do tempo que se mostra inesgotável.
No vento que balança este coqueiro,
Amor da minha vida, o derradeiro...
observação - este tipo de soneto pode não ser visto como tal
pelos mais conservadores, mas pela definição do que seja um soneto, encaixa-se
plenamente nela. 14 versos divididos em estrofes, inclusive numa só, com
métrica, ritmo e evoluindo para a chave de ouro.
Toda novidade gera conflitos, mas é necessário o se renovar
e é isso que procuro neste soneto.
Marcos Loures
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