Enigma da pele.
De Mara Paulina Arruda
Ele e Ela terminavam de fazer os reparos finais da
Revista que publicavam na cidade. Ela averiguava o monte de folhas. A revisão
estava sendo feita. Folhas que vinham amarelando num tanto de tempo. Ela falava
do designer feito margaridas a sombra e também do que Ele veio contando quando
chegou. Que uma pessoa que ele nem conhece aprendeu a escrever anteontem com
quase sessenta anos. Não me venha pedir para transportar uma montanha tipo
Thomas Mann foi o que Ela disse sem nem ao menos levantar os olhos. Depois de
contar, Ele, ficou sisudo com esse comentário Dela, parecendo uma pedra que é
contornada no fluxo dos rios.
Chateada Ela levantou-se da cadeira para ver um gato
que miava. Foi até a janela e vislumbrou do terceiro andar um quadro enorme
sendo carregado por duas pessoas. Mal dava para ver os cabelos deles.
Ele e Ela.
Ela e Ele.
A flor-da-pele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário