sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Enigma da pele.



 De Mara Paulina Arruda

Ele e Ela terminavam de fazer os reparos finais da Revista que publicavam na cidade. Ela averiguava o monte de folhas. A revisão estava sendo feita. Folhas que vinham amarelando num tanto de tempo. Ela falava do designer feito margaridas a sombra e também do que Ele veio contando quando chegou. Que uma pessoa que ele nem conhece aprendeu a escrever anteontem com quase sessenta anos. Não me venha pedir para transportar uma montanha tipo Thomas Mann foi o que Ela disse sem nem ao menos levantar os olhos. Depois de contar, Ele, ficou sisudo com esse comentário Dela, parecendo uma pedra que é contornada no fluxo dos rios.

Chateada Ela levantou-se da cadeira para ver um gato que miava. Foi até a janela e vislumbrou do terceiro andar um quadro enorme sendo carregado por duas pessoas. Mal dava para ver os cabelos deles.
Ele e Ela.
Ela e Ele.
A flor-da-pele.

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