sábado, 2 de janeiro de 2016

ÚLTIMA ESTAÇÃO


Somos seres de barro
e – inúteis e tristes – sorrimos à passagem do tempo.
Crianças que ainda ontem corriam,
achando o mundo mais um brinquedo,
hoje vemos os dias correrem vazios
como um trem que perdemos...
Somos seres de barro e de vento.
(Quem amanhã lembrará de teus beijos?)
E é madrugada. E na estação deserta
nem mesmo o vento ludibria o silêncio.

Otto Leopoldo Winck

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